sábado, 18 de abril de 2009

A Arte do Nada



A Arte do Nada


O que é o nada? Nada se pode falar de algo que é nada, ou seja, ainda não é, e será que um dia virá ser? O nada sempre fez parte da humanidade, principalmente do Brasil, onde nunca nada fez alguém para outrem e ás vezes até para si mesmo. Mas o nada é anterior á humanidade, antes de tudo havia o nada, nem se quer o sentido de vazio, do nada surgiu o todo, dizem uns que foi por obra de uma explosão, outros apelam para a religião, onde um Deus criou a existência, mas de que nada surgiu esse ser.
O Homem sempre foi apaixonado por essa palavra, de pessoas comuns até presidentes de terras tropicais que de “nada sabiam”, o nada é criativo é ousado. Faz da inconsistência a aparência surgir, mesmo que o molde ainda não exista. Será que na cabeça de um garoto de 14 anos existe o vazio ou o nada, já ouvi muitos chamarem, até a mim de cabeça vazia, se é vazia ainda têm espaço para algo, e se for feita de nada? Se for nada, nem complemento se espera para ela. Tenho minhas dúvidas!

Desde pequeno sempre gostei de ficar no canto observando para o nada, era até bom fazer e observar tudo, hum! Tudo se é tudo não é o nada, pois nada não é tudo, que coisa complicada. Acho melhor não levar essa discussão adiante. Mas até que é legal imagina você pegar um papel, ou até mesmo um teclado, observar a tela ou a página em branco, parece que ela te desafia a desbravá-la, a percorrer toda sua margem, todo seu imenso vazio, (ops: vazio não é o nada, mas tudo bem), ela te encara como se lhe ordenasse me violente me use, mas você ainda não tem nada, você para e sente escorrer das veias até suas mãos letras que sugerem palavras que se transmudam em frases, já não existe o nada, já ta virando o todo. Êita não gostou do que escreveu, não fique triste apague tudo, olha quem voltou o nada, e está te olhando de novo, com seu olhar provocante, você para e aceita o desafio mais uma vez, aí já não têm mais volta, agora você faz parte do nada, e apartir dele você faz surgir o texto.

O nada não é só um estado, mas também uma arte a qual todos se aproveitam dela, principalmente os artistas, que o diga os dadaístas. Quem não sente o nada não pode ver o todo, pois o todo é fruto do nada, e todos fazem parte do nada maior, inclusive o pequeno e frágil nada. Lembro agora de uma poesia que fiz já tem algum tempo que serve para exemplificar essa viagem, ah ela se chama Aparências: Se algo te disser/ E você não entender/ Não é porque que lhe falta à sensibilidade/ Mas sim, pois você é feito de nada/ E o nada é a essência do mundo/ Do nada surge o pouco/ Que de pouco em pouco se forma o muito/ Que assim como os outros faz parte de um todo. No entanto não confundir o nada com o fazer nada, pois esse último é um baita problema.

Agora imagine a seguinte cena, você dormiu sem se preocupar com coisa alguma, e pela manhã quando você acorda, já não existe nada nem problemas, nem pessoas, só o imenso nada, um enorme abismo sem cadeira e nem mesas, imaginou? Esse seu pensamento é uma grande viagem, pois se você acordasse com o nada, nada existiria, nem a manhã, nem o chão, nem o vão, nem o ato de acordar, e o melhor nem você mesmo haveria em qualquer parte, já que até mesmo qualquer parte seria o nada.


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