quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

1º Publicação do Nativus Slz no Jornal Extra. Confira!

Celebração a Arte Maranhense
Os Tambores imortalizados na obra do Escritor Josué Montelo, são celebrados no Projeto Tambores do Maranhão, pelo trabalho do percursionista Ribão. Apartir de uma iniciativa do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, que visa á valorização da cultura maranhense. Dessa maneira estão sendo ministras aulas de ritmos maranhenses, entre estes se destaca o Tambor de Crioula, que por muito tempo foi deixado de lado pelas administrações passadas, principalmente a municipal. Dessa forma a cultura de raiz vem recebendo incentivos governamentais, via secretária da Cultura. O projeto acontece num espaço cedido pelo próprio Governo do Estado, no período de 10 de janeiro a 10 de fevereiro e o mais importante é que as inscrições são gratuitas, ou seja, qualquer pessoa a fim de aprender um pouco mais sobre os ritmos do Maranhão poderá se inscrever e conferir as magias e encantos de nossa arte com o auxilio do professor de musica, Ribão.

Opinião dos Alunos sobre o Projeto Tambores do Maranhão

A aceitação por parte do publico vem sendo bastante positiva quanto ao projeto. “Achei muito legal, pois o espaço é aberto ao publico, não interessa classe social, o importante mesmo é brincar. Eu, particularmente adorei.” comentou Bruno, turista Porto-alegrense.


Entre os alunos é notável a presença de turistas, o que recoloca em discussão aquela velha estória de que os maranhenses não valorizam sua cultura. De acordo com a carioca e artista plástica Eliomeida, “Ás vezes eu que trabalho em uma galeria de arte, sei explicar mais sobre a cultura maranhense de que os próprios maranhenses”. Uma das propostas do ‘Tambores do Maranhão’ é exatamente a reaproximação dos nativos da ilha com sua cultura.


Em meio a essa tentativa de revalorização cultural, é perceptível a troca de experiências entre músicos locais e estrangeiros. “Esse intercâmbio musical é um máximo, pois eu já toco surdo e caixa, e é sempre bom experimentar outros ritmos”, destacou Guty, turista Porto-alegrense.


Professor Ribão sendo entrevistado por Ribamar de Souza

A música acompanha José de Ribamar (mas conhecido como Ribão), desde sua infância, ”Desde pequeno faço batucada e tenho a música como minha grande paixão”, lembrou. Além de percursionista, Ribão também é baterista profissional, no entanto, ele adora mesmo os sons que saem dos tambores, matracas e outros instrumentos genuinamente maranhenses.


Apesar de todos os entraves a cultura maranhense continua sobrevivendo, seja com o apoio local ou não, o que não quer dizer que o povo maranhense não valoriza aquilo que vêm da própria terra e quem confirma isso é exatamente o professor José de Ribamar (Ribão), “Varias pessoas passam por aqui querendo aprender um pouco daquilo que é nosso e não somente turistas como dizem por ai, e sim pessoas daqui mesmo” complementou.


Com a musica maranhense Ribão teve o prazer de conhecer alguns lugares do mundo, isso tudo apartir de sua arte e de sua valorização extrema em relação à cultura maranhense, “A musica me fez conhecer lugares fantásticos como a Itália e Portugal. Foi uma experiência única e que me faz continuar essa minha caminhada musical sem querer parar.”.


Além de a musica ter-lhe proporcionado essas viagens, a arte maranhense foi de grande valia para seu crescimento pessoal, uma vez que, ele nunca teve qualquer envolvimento com drogas ou coisa do tipo e foi dessa forma que se tornou um cidadão respeitado. “Graças a Deus a musica me presenteou apenas com coisas boas, pois me afastou de qualquer tipo de mau caminho que pudesse desvirtuar o real sentido da musica em minha vida”, concluiu.

Raios-X Tambor de Crioula
  • Origem: Africana, celebrada por descendentes de escravos em louvor a São Benedito, santo protetor dos negros maranhenses;
  • Assume certo censo de liberdade, recheada de erotismo e sensualidade, em uma mistura de paganismo e religiosidade;
  • Dança com coreografia livre e variada, sendo a “Punga”, ponto mais alto da brincadeira;
  • A marcação dos passos é feita por três tambores de variados tamanhos (grande, pequeno e médio), sendo que estes para serem afinados são aquecidos pelo calor de uma fogueira antes das apresentações. Eles são feitos de troncos de mangue, pau d’arco, angelim ou soró.Um par de matracas batidas no tambor maior auxilia na marcação;
  • Em junho 2007 o Tambor de Crioula recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade concedido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).


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